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Conheci um pequeno jardim muito verde e simples.

"Conheci um pequeno jardim muito verde e simples, e foi sua humildade que me fez ver nele uma beleza singular. A casa onde fica esse jardim passou por uma reforma. Pintaram as paredes da casa e cortaram todas as plantas desse jardim, por fim jogaram taboas abafando a terra onde havia as plantinhas. Lamentei a perda do mundo de mais um cantinho verde.
Mas essa semana eu percebi que algumas folhagens saiam calmamente do meio daquele lixo. Entre as taboas e entulhos, aquelas plantinhas que foram arrancadas me deram um belo sorriso e novamente buscavam encantar. Cheguei mais perto e vi que também a mais bela delas vingava no cantinho do lixo. Diante desse fato foi impossível não meditar na força da vida que grita por viver.
Minha mente traduziu em metáfora o fato real, e em analogia glorifiquei a poesia que é viver a razão do amor. Como o jardim que conheci é o Mundo em que vivemos. Nosso Mundo é uma bela casa cheia de cor e alegria, mas que tem uma cultura de morte, guerra, corrupção, banalização das relações humanas, depressão, infidelidade... Inúmeras coisas que se resumem em uma palavra: Desamor. (ausência de amor.) E é nessa cultura de contradição que a vida grita por viver.
Nós, pessoas que conhecem o valor do amor e buscamos fazer dele a experiência perene da vida, somos responsáveis pela continuidade da cor do mundo, como as plantinhas que mesmo sufocadas por forças contrarias estão sorridentes e buscando a luz do sol. Fazer a nossa parte é também produzir sementes para que outras plantas germinem nessa cultura. Quando sabemos aproveitar o solo da vida ate mesmo o lixo que por hora parece nos sufocar se torna esterco para tornar a vida mais fecunda.
Creio que é o amor e suas conseqüências que eleva a vida da humanidade em sua condição de soberana. Você pode muito, mesmo quando julga que o ato é pouco, como no silêncio humilde em um desentendimento, sendo amoroso na sua convivência diária com aqueles que lhe são mais próximos, no mistério da energia positiva que se encontra em um olhar sincero ao desejar felicidade para os outros que tiver a graça de encontrar, no respeito incondicional, na brincadeira com as crianças e na gratidão aos mais velhos.
Vida gera vida. Amor é o que o diferenciará na cultura do desamor. Seja forte na sua pequenez, não precisa de nada mais do que ser simplesmente amoroso, e o restante acontece. A humanidade precisa muito do seu amor para transformar esse jardim destruído em um belo cultivo de esperança e felicidade. Continuemos a acreditar que o amor não pode e não vai morrer.

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